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Sensação de vagina “larga” ou flacidez vaginal: causas, diagnóstico e 3 tratamentos eficazes

Sabe quando você percebe a musculatura vaginal larga ou mais frouxa ao usar absorventes internos? Sente uma diminuição do prazer durante as relações ou mesmo nota pequenos escapes de urina ao tossir ou pular?

Se algum desses sinais soa familiar, é provável que você esteja lidando com a chamada flacidez vaginal ou vaginal laxity.

Trata-se de um relaxamento dos músculos e tecidos da região íntima que impacta sensação, autoconfiança e até a qualidade do sexo.

A boa notícia? Existem soluções seguras, modernas e acessíveis para recuperar a firmeza e o prazer.

Ao longo deste artigo, você vai descobrir:

  • Por que a flacidez vaginal surge;
  • Como identificar corretamente o problema;
  • Os 7 tratamentos mais eficazes disponíveis em 2025;
  • Dicas para fortalecer sua autoestima durante o processo

Portanto, reserve alguns minutos, pois as respostas que você procura podem transformar não só sua vida sexual, mas sua relação consigo mesma.

 

O que é flacidez vaginal e por que acontece?

A flacidez ou relaxamento vaginal ocorre quando os tecidos e músculos que formam o canal vaginal perdem força, elasticidade e tônus.

Diferente do mito popular, isso não tem relação com “frequência de relações sexuais”, mas sim com fatores fisiológicos específicos.

 

Alterações hormonais e envelhecimento

O estrogênio, seu grande aliado na manutenção da saúde vaginal, diminui naturalmente em determinadas fases da vida.

Esta redução impacta diretamente:

  • Produção de colágeno: as fibras que dão sustentação à parede vaginal ficam mais frágeis;
  • Lubrificação natural: tecidos mais secos têm menor elasticidade;
  • Circulação sanguínea local: com menos irrigação, a recuperação tecidual é mais lenta

“A mudança nos níveis hormonais afeta a vagina de forma semelhante ao que acontece com a pele facial: perda de firmeza e elasticidade”, explica Dra. Bruna Obeica, ginecologista.

 

Impacto do parto normal

Durante o parto normal, o canal vaginal se expande significativamente para permitir a passagem do bebê e com isso ocorre:

  • Contrações frequentes e intensas;
  • Estiramento de estruturas profundas;
  • Possíveis lacerações ou episiotomias

Mesmo com a lembrança maravilhosa do nascimento, muitas mulheres relatam perda de tônus nas primeiras semanas, que pode persistir por anos se não houver reabilitação adequada.

Uma pesquisa publicada no Journal of Women’s Health em 2024 mostrou que 67% das mulheres que tiveram parto normal apresentam algum grau de frouxidão vaginal após um ano, mas apenas 22% recebem orientação sobre reabilitação pélvica no pós-parto.

 

Outros fatores de risco

Diversos elementos do dia a dia também contribuem para o relaxamento vaginal:

  • Variações bruscas de peso: estiram a pele e tecidos subjacentes;
  • Práticas esportivas de alto impacto: aumentam a pressão sobre o assoalho pélvico;
  • Tosse crônica ou constipação: forçam repetidamente os músculos pélvicos;
  • Histórico familiar: fatores genéticos influenciam a qualidade do colágeno;
  • Tabagismo: prejudica a circulação e a regeneração celular

 

Como identificar se você tem flacidez vaginal

Antes de considerar qualquer tratamento, é essencial entender se a flacidez é real ou apenas uma impressão influenciada por inseguranças.

Por isso, auto-observação atenta e a orientação profissional são fundamentais nesta etapa.

 

Sintomas comuns que você pode perceber

Faça uma autoavaliação honesta.

Você tem notado:

  • Redução perceptível de pressão durante o sexo ou ao inserir coletor/absorvente interno?;
  • Pequenos vazamentos de urina quando tosse, pula ou levanta peso?;
  • Sensação de “ar entrando” na vagina durante movimentos cotidianos?;
  • Dificuldade em atingir o orgasmo que antes era fácil?;
  • Menor sensibilidade durante a penetração?;
  • Ruídos de ar durante as relações sexuais?

Quanto mais sinais você identificar, maior a probabilidade de estar enfrentando algum grau de flacidez vaginal.

 

Quando procurar avaliação médica

É recomendável consultar um ginecologista especializado quando:

  • Os sintomas persistem por mais de três meses;
  • Há desconforto ou dor durante as relações;
  • Você nota um “volume” na entrada vaginal;
  • Os escapes de urina se tornam mais frequentes;
  • Você percebe impacto na sua autoestima ou vida sexual

 

Exames e Diagnósticos Profissionais

Durante a consulta, o especialista realizará uma avaliação completa que pode incluir diversos procedimentos.

O exame físico consiste na observação do grau de tônus muscular e possíveis prolapsos.

Em seguida, realiza-se o teste de força perineal com a medição através de dispositivos específicos como o perineômetro.

Também é feita uma avaliação funcional para análise da capacidade de contração voluntária.

Em alguns casos, podem ser solicitados exames de imagem para descartar outras condições.

A classificação profissional geralmente segue uma escala de 0 a 5, onde:

  • Grau 0-1: Sem flacidez ou flacidez mínima;
  • Grau 2-3: Flacidez moderada, com sintomas perceptíveis;
  • Grau 4-5: Flacidez severa, frequentemente com prolapso

3 tratamentos comprovados para flacidez vaginal

Felizmente, existem múltiplas abordagens para recuperar o tônus vaginal.

A escolha dependerá do grau de flacidez, suas causas e seus objetivos pessoais.

1. Exercícios de Kegel: o básico que funciona

Criados pelo ginecologista Arnold Kegel na década de 1940, estes exercícios constituem a base de qualquer programa de fortalecimento pélvico:

Como fazer corretamente:

  1. Identifique os músculos certos (são os mesmos que você usa para interromper o fluxo de urina);
  1. Contraia por 5 segundos e relaxe por 5 segundos;
  1. Faça 3 séries de 10 repetições, duas vezes ao dia;
  1. Aumente gradualmente para contrações de 10 segundos

Dica de consistência: associe a prática a hábitos fixos, como escovar os dentes ou tomar banho.

Em uma meta-análise de 2023 publicada no International Urogynecology Journal, mulheres que praticaram Kegel consistentemente por 12 semanas apresentaram aumento médio de 42% na força do assoalho pélvico.

2. Fisioterapia pélvica especializada

Para resultados mais rápidos e direcionados, a fisioterapia pélvica oferece abordagem personalizada e supervisionada:

  • Biofeedback: aparelhos que mostram em tempo real se você está contraindo os músculos corretos;
  • Cones vaginais: pesos progressivos que funcionam como “academia” para a vagina;
  • Eletroestimulação: correntes de baixa intensidade que provocam contrações passivas;
  • Técnicas respiratórias: coordenação entre respiração e ativação muscular

“A grande vantagem da fisioterapia é o acompanhamento profissional, que garante execução correta e adaptações individualizadas”, destaca Fernanda Lima, fisioterapeuta especialista em saúde da mulher.

O tratamento geralmente envolve sessões semanais por 2-3 meses, com exercícios complementares para fazer em casa.

 

3. Tratamentos com tecnologia (laser e radiofrequência)

Para quem busca alternativas não-cirúrgicas com resultados mais imediatos, as tecnologias modernas oferecem soluções interessantes:

Laser vaginal:

  • Estimula produção de novo colágeno;
  • Sessões rápidas (15-20 minutos);
  • Resultados perceptíveis após 2-3 sessões;
  • Mínimo desconforto durante o procedimento;
  • Sem tempo de recuperação

Radiofrequência:

  • Aquecimento controlado dos tecidos profundos;
  • Melhora circulação local e produção de elastina;
  • Protocolo médio de 3-4 sessões;
  • Resultados duradouros (12-18 meses)

Estudos recentes mostram taxas de satisfação superiores a 85% com estas tecnologias, especialmente quando combinadas com exercícios de Kegel.

 

Impacto emocional e relacionamentos

A flacidez vaginal vai além das questões físicas, afetando também aspectos emocionais e relacionais.

 

Como Conversar com o Parceiro

Abrir o jogo sobre sensações ou falta delas é fundamental para evitar mal-entendidos.

É importante escolher um momento tranquilo, fora do contexto sexual, para essa conversa. Durante o diálogo, explique que o relaxamento não é desinteresse.

Convide o parceiro a participar do processo de recuperação e explore juntos posições que gerem mais contato.

Cultivando uma autoestima saudável

Enquanto o tratamento não atinge o resultado desejado:

  • Pratique olhar seu corpo com gentileza;
  • Invista em lingeries que a façam sentir-se poderosa;
  • Explore outras formas de prazer e conexão íntima;
  • Busque momentos de autocuidado, como banhos relaxantes;
  • Lembre-se que sua sexualidade não se resume à vagina

 

Prevenção: como manter a saúde vaginal a longo prazo

A melhor estratégia é prevenir antes que a flacidez se instale.

Para isso, é essencial dar atenção ao pós-parto, seguindo rigorosamente as recomendações de fisioterapia pélvica.

O controle de peso também é importante, evitando oscilações bruscas.

A prática regular de exercícios, como o Kegel preventivamente, mesmo sem sintomas, contribui para a saúde vaginal.

Realizar check-ups ginecológicos regularmente permite identificar alterações precocemente.

O tratamento adequado de tosse crônica e constipação reduz a pressão sobre o assoalho pélvico.

Durante a menopausa, é recomendável considerar adaptações como hidratantes vaginais e terapias hormonais locais sob supervisão médica.

Perguntas Frequentes

1) A flacidez vaginal afeta todas as mulheres após o parto?

Não necessariamente. Fatores como predisposição genética, tipo de parto, peso do bebê e prática de exercícios durante a gestação influenciam o impacto sobre a musculatura vaginal.

2) É possível recuperar totalmente o tônus vaginal sem cirurgia?

Sim, especialmente em casos leves a moderados. A combinação de fisioterapia, exercícios regulares e tecnologias como laser ou radiofrequência apresenta excelentes resultados em mais de 80% dos casos.

3) Qual a idade média para aparecerem os primeiros sinais de flacidez vaginal?

Embora seja mais comum após os 40 anos, os primeiros sinais podem surgir após o primeiro parto, independentemente da idade. Na menopausa, praticamente todas as mulheres experimentam algum grau de alteração no tônus vaginal.

4)Planos de saúde cobrem tratamentos para flacidez vaginal?

Varia conforme o plano e a indicação médica. Quando há associação com incontinência urinária ou prolapso, as chances de cobertura são maiores. Fisioterapia pélvica geralmente tem cobertura parcial ou total.

Conclusão:

Viver com a sensação de “vagina larga” ou flacidez vaginal não precisa ser seu “novo normal”.

De exercícios simples a cirurgias precisas, há opções eficazes para cada grau de relaxamento e para cada fase da vida.

O passo essencial é procurar um profissional de confiança, discutir expectativas e escolher a abordagem que combine resultados, segurança e bem-estar emocional.

Lembre-se: ao cuidar da saúde íntima, você fortalece não apenas músculos e colágeno, mas também autoestima e prazer, pilares de uma vida sexual plena e feliz.

Você merece sentir-se bem em seu próprio corpo.

Comece hoje mesmo sua jornada de recuperação do tônus vaginal e redescubra sensações que talvez tenha esquecido.

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