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Vulvoscopia com biópsia dói? Saiba o que esperar do exame

Receber a indicação para realizar uma vulvoscopia com biópsia pode gerar apreensão e diversas dúvidas sobre o procedimento, especialmente em relação à dor.

Sem dúvidas, esse é um receio comum entre as pacientes, sendo, portanto, de extrema importância o esclarecimento de todos os aspectos deste importante exame.

A vulvoscopia com biópsia é um procedimento fundamental para a saúde íntima feminina, permitindo o diagnóstico precoce de condições pré-malignas e malignas da vulva, como o câncer.

No entanto, diferente do que muitas mulheres imaginam, o procedimento é realizado com anestesia local e, quando conduzido por profissionais experientes, causa desconforto mínimo.

E com vasta experiência realizando este procedimento, a Dra. Bruna Obeica explica detalhadamente neste artigo o que esperar antes, durante e depois do exame.

Neste artigo, abordaremos desde a preparação necessária até os cuidados pós-procedimento, desmistificando medos comuns e fornecendo todas as informações necessárias para que a paciente se sinta segura e tranquila.

Você também pode encencontrar mais informações sobre a prevenção, diagnóstico e tratamento de doenças ginecológicas no site da FEBRASGO (Federação Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia).

Exploraremos cada aspecto deste exame essencial para a saúde feminina, pois quanto mais informada a paciente estiver, mais confiante se sentirá para realizar o procedimento.

O cuidado com a saúde íntima feminina pode e deve ser um momento de tranquilidade e segurança.

O que é uma vulvoscopia com biópsia?

A vulvoscopia com biópsia é um exame ginecológico especializado que combina dois procedimentos importantes.

O primeiro utiliza um aparelho chamado colposcópio, que fornece uma visualização ampliada e detalhada da região vulvar, permitindo a identificação de alterações microscópicas que não seriam visíveis a olho nu.

Quando o médico identifica áreas suspeitas durante a vulvoscopia, pode ser necessário realizar uma biópsia, que consiste na retirada de uma pequena amostra do tecido para análise laboratorial.

Este procedimento é fundamental para confirmar ou descartar diagnósticos importantes.

Indicações do exame

Principais motivos

O exame é tipicamente recomendado quando há sintomas persistentes ou alterações visíveis na região vulvar.

Entre as principais indicações estão:

  • Prurido (coceira) que não melhora com tratamentos convencionais;
  • Alterações na cor ou textura da pele;
  • Lesões suspeitas;
  • Dor crônica na região;
  • Investigação de doenças específicas (líquen escleroso, NIV);
  • Infecções virais persistentes

Também pode ser solicitado como parte da investigação de doenças específicas, como líquen escleroso, neoplasia intraepitelial vulvar (NIV) ou em casos de infecções virais persistentes.

A vulvoscopia com biópsia é especialmente importante no diagnóstico precoce de condições pré-malignas e malignas da vulva.

Em alguns casos, o exame pode ser indicado mesmo na ausência de sintomas, especialmente quando há alterações suspeitas identificadas durante o exame ginecológico de rotina.

O procedimento passo a passo

O procedimento é realizado em consultório adequadamente equipado, com duração média de 20 a 30 minutos.

Inicialmente, a paciente é posicionada na mesa ginecológica, de forma semelhante ao exame preventivo de rotina.

Então, o médico aplica uma solução de ácido acético na região vulvar, que ajuda a evidenciar possíveis alterações nos tecidos.

Em seguida, utiliza o colposcópio para examinar detalhadamente a área, identificando regiões que possam necessitar de biópsia.

Caso seja necessária a biópsia, é realizada anestesia local com lidocaína, garantindo o conforto da paciente durante o procedimento.

A retirada do fragmento é feita com instrumental específico e dura apenas alguns segundos.

Sobre a dor e desconforto

O que realmente esperar

O nível de desconforto durante a vulvoscopia é mínimo, comparável a um exame ginecológico comum.

Durante a aplicação da anestesia local para a biópsia, pode-se sentir um leve ardor, que passa rapidamente.

A retirada do fragmento para biópsia pode causar uma sensação de pressão ou pequeno beliscão, mas a anestesia local garante que não haja dor significativa.

Após o procedimento, algumas pacientes relatam um desconforto leve, semelhante a uma sensibilidade local, que costuma durar de 24 a 48 horas.

É importante ressaltar que a experiência de cada paciente é única, mas a grande maioria relata que o procedimento é muito mais tranquilo do que imaginavam inicialmente.

 

Cuidados necessários

Antes do exame, não é necessário nenhum preparo especial, mas recomenda-se evitar relações sexuais nas 24 horas anteriores ao procedimento.

É importante também não utilizar cremes ou pomadas vaginais nos dois dias que antecedem o exame, pois podem interferir na visualização adequada dos tecidos.

No dia do procedimento, a paciente pode manter suas atividades normais, incluindo alimentação.

Sugere-se apenas o uso de roupas confortáveis e, se possível, comparecer ao consultório sem estar no período menstrual.

Após a biópsia, o local pode ficar levemente sensível e apresentar um pequeno sangramento, considerado normal.

A médica fornecerá orientações específicas sobre higiene local e poderá recomendar o uso de pomadas cicatrizantes.

Mitos e verdades

Um dos principais mitos sobre a vulvoscopia com biópsia é que o procedimento é extremamente doloroso.

Na realidade, com o uso de anestesia local adequada, o desconforto é mínimo e perfeitamente tolerável.

Outro mito comum é que a biópsia pode causar problemas futuros ou cicatrizes significativas.

O procedimento remove apenas uma quantidade mínima de tecido, e a cicatrização costuma ser completa em poucos dias, sem deixar marcas visíveis.

Muitas pacientes também se preocupam com o tempo de recuperação, acreditando que precisarão se afastar de suas atividades diárias.

Na verdade, a maioria das mulheres pode retornar às suas atividades normais no mesmo dia, com algumas restrições específicas apenas para atividade física intensa e relações sexuais por um curto período.

É importante desmistificar também a crença de que o exame é invasivo demais.

A vulvoscopia é um procedimento ambulatorial seguro, realizado com todo o cuidado e precisão necessários para garantir o conforto da paciente e a eficácia diagnóstica.

Resultados e acompanhamento

O material coletado durante a biópsia é enviado para análise em laboratório especializado, e os resultados geralmente ficam prontos em 7 a 14 dias.

A Dra. Bruna Obeica agenda uma consulta de retorno para discutir os resultados detalhadamente com cada paciente.

Durante a consulta de retorno, são explicados todos os aspectos do laudo anatomopatológico em linguagem clara e acessível.

Com base nos resultados, será estabelecido um plano de tratamento personalizado, caso necessário.

É fundamental comparecer a esta consulta de retorno, mesmo que não haja sintomas, pois alguns diagnósticos podem requerer acompanhamento específico ou tratamento preventivo.

Quando procurar atendimento

Em casos raros, algumas pacientes podem apresentar sinais que requerem avaliação médica imediata após o procedimento.

Procure atendimento médico imediato se apresentar:

  • Sangramento intenso;
  • Dor forte que não melhora com analgésicos;
  • Febre;
  • Secreção com odor forte;
  • Irritação intensa;
  • Aumento progressivo da dor

Durante o processo de cicatrização, é normal sentir um leve desconforto e apresentar um pequeno sangramento nos primeiros dias.

No entanto, se houver aumento da dor, secreção com odor forte ou irritação intensa, é importante entrar em contato com o consultório.

A equipe da Dra. Bruna Obeica está disponível para esclarecer dúvidas e fornecer orientações por telefone, caso surjam preocupações no período pós-procedimento.

O acompanhamento adequado é fundamental para garantir a eficácia do diagnóstico e o bem-estar da paciente.

Conclusão

A vulvoscopia com biópsia, embora possa gerar apreensão inicial, é um procedimento seguro, bem estabelecido é fundamental para a saúde íntima feminina.

Como demonstrado ao longo deste artigo, quando realizado por profissionais experientes e com as técnicas adequadas, o exame causa desconforto mínimo e oferece benefícios diagnósticos significativos.

A Dra. Bruna Obeica ressalta que o conhecimento e a compreensão do procedimento são as melhores ferramentas para reduzir a ansiedade das pacientes.

Com anestesia local apropriada e técnicas modernas, o exame pode ser realizado com segurança e conforto, permitindo diagnósticos precisos e tratamentos adequados quando necessário.

Vale lembrar que a saúde íntima feminina merece atenção e cuidado especializado.

Postergar exames por medo ou desinformação pode resultar em diagnósticos tardios de condições que, se identificadas precocemente, têm tratamento mais simples e eficaz.

Portanto, valorize a sua saúde, faça contato conosco e agende já sua consulta.

Obrigado pela leitura e até a próxima!

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