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DIU Mirena agora dura 8 anos: conheça a mudança na bula aprovada pela ANVISA

Uma notícia que vai melhorar muito a vida das mulheres brasileiras: o DIU Mirena teve sua bula oficialmente atualizada pela ANVISA e agora pode ser usado por até 8 anos para contracepção – um aumento significativo em relação aos 5 anos anteriores.

Esta mudança representa um marco importante na saúde reprodutiva feminina, oferecendo maior comodidade, economia a longo prazo e menos procedimentos médicos ao longo dos anos.

A extensão do tempo de uso foi possível graças a novos estudos científicos que comprovaram a eficácia e segurança do dispositivo por esse período prolongado.

Portanto, se você já usa o Mirena ou está considerando essa opção contraceptiva, continue lendo para entender todos os detalhes dessa importante atualização e como ela pode impactar sua escolha contraceptiva.

 

O Que mudou exatamente? 

Antes x Agora:

Antes: 5 anos de proteção contraceptiva; Agora: 8 anos de proteção contraceptiva

Atenção: para tratamento de sangramento uterino, continua sendo 5 anos

A mudança aconteceu em julho de 2024, seguindo estudos internacionais que já comprovavam a eficácia do dispositivo por mais tempo.

Portanto, esta decisão da ANVISA coloca o Brasil alinhado com as principais agências reguladoras mundiais, oferecendo às mulheres brasileiras o mesmo padrão de cuidado disponível em outros países desenvolvidos.

 

Por que demorou tanto para chegar no Brasil?

Não é que o Mirena “descobriu” agora que dura 8 anos.

Os estudos já mostravam isso há tempos!

O que aconteceu foi uma questão burocrática.

Nos Estados Unidos, por exemplo, essa aprovação já existe desde 2022.

A Europa também já havia adotado essa extensão anteriormente.

O processo regulatório brasileiro, embora rigoroso, demanda tempo para análise completa dos dados científicos.

A ANVISA precisou avaliar não apenas a eficácia, mas também questões específicas da população brasileira, incluindo fatores socioeconômicos e padrões de uso do dispositivo no país.

 

A ciência por trás da mudança:

Estudo Mirena Extension Trial: Acompanhou 362 mulheres por 8 anos;

Eficácia comprovada: mais de 99% de proteção contraceptiva mesmo após 5 anos

Além deste estudo principal, outras pesquisas complementares foram realizadas em diferentes populações, incluindo mulheres de diversas idades e perfis hormonais.

Os resultados foram consistentes em demonstrar que o levonorgestrel liberado pelo dispositivo mantém concentrações adequadas para contracepção eficaz até o oitavo ano.

 

Vantagens práticas para a mulher 

Economia no bolso

Menos trocas = menos gastos! Com o DIU durando 8 anos, você economiza uma troca completa.

Considerando que o procedimento de inserção pode custar entre R$ 800 a R$ 2.000 (dependendo da região e clínica), a economia pode chegar a milhares de reais ao longo dos anos.

 

Mais tranquilidade

Três anos extras de proteção contraceptiva garantida.

É paz de espírito que fala, né?

 

Menos intervenções médicas

Menos procedimentos significam menos tempo de recuperação, menos desconforto e menor risco de complicações relacionadas à inserção.

Para mulheres que trabalham ou têm rotinas muito corridas, isso representa uma vantagem significativa.

 

Mas e a segurança? Tá tudo certo?

Essa é provavelmente a pergunta que está martelando na sua cabeça, certo?

Fica tranquila!

O estudo que comprovou a segurança foi rigoroso.

Durante os anos 6, 7 e 8, apenas 2 gravidezes ocorreram em mais de 10 mil ciclos avaliados.

Os dados de segurança também mostraram que não houve aumento significativo nos efeitos colaterais após o quinto ano de uso.

Os níveis hormonais permaneceram estáveis e adequados, e não foram observadas alterações importantes no perfil de sangramento das usuárias.

Como funciona o Mirena ao longo do tempo:

Primeiros anos: libera maiores quantidades do hormônio levonorgestrel;

Anos finais: doses menores, mas ainda eficazes para contracepção

O dispositivo funciona como um reservatório hormonal inteligente.

Mesmo com a diminuição gradual da liberação do levonorgestrel, as concentrações permanecem suficientes para inibir a ovulação e alterar o muco cervical, mantendo a eficácia contraceptiva.

 

Atenção: Nem tudo mudou!

Importante saber:

  • Para contracepção: 8 anos;
  • Para tratamento de sangramento uterino: continua sendo 5 anos;
  • Para proteção endometrial: também continua sendo 5 anos

Se você usa o Mirena para tratar outros problemas além da contracepção, converse com sua ginecologista sobre o seu caso específico.

O perfil de liberação hormonal necessário para tratamento de sangramento intenso requer concentrações maiores do que aquelas necessárias apenas para contracepção.

 

Impacto na saúde pública

Esta mudança representa um avanço significativo para a saúde pública brasileira.

Com maior durabilidade, o DIU Mirena se torna ainda mais acessível a longo prazo, podendo reduzir gravidezes não planejadas e melhorar o planejamento familiar das mulheres brasileiras.

Para o Sistema Único de Saúde (SUS), que já oferece o dispositivo em algumas regiões, a extensão pode representar economia de recursos e otimização do atendimento médico.

E agora, o que fazer?

 

Se você tem um Mirena há mais de 5 anos:

Não precisa correr para o consultório! Converse com sua ginecologista na próxima consulta.

Se você está pensando em colocar:

Agora é uma excelente oportunidade!

Oito anos de proteção contraceptiva é um investimento e tanto.

 

Se o seu está próximo dos 5 anos:

Pode respirar aliviada! Não há pressa para trocar.

 

Para quem já passou dos 5 anos:

Mesmo se você já ultrapassou os 5 anos, vale a pena discutir com sua médica.

Dependendo de quando foi inserido e suas condições individuais, pode ser possível manter o dispositivo por mais tempo.

 

Considerações finais

A aprovação da ANVISA é uma vitória para todas as mulheres brasileiras que usam o Mirena.

Lembre-se sempre:

Cada caso é único e deve ser avaliado individualmente;

Continue fazendo seus exames de rotina;

Qualquer dúvida, procure sua ginecologista

A decisão final sobre usar o Mirena por 8 anos deve ser sempre tomada junto com sua médica, considerando seu histórico e necessidades específicas.

Esta mudança coloca o Brasil no mesmo patamar dos países mais avançados em saúde reprodutiva, oferecendo às mulheres brasileiras acesso a informações e cuidados de qualidade internacional.

E aí, ficou curiosa para saber se o seu Mirena pode “ganhar” mais 3 anos de vida?

Então, agende logo uma consulta com a Dra. Bruna Obeica e vamos conversar!

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